sexta-feira, 27 de maio de 2011

Preferi observar, enquanto todos julgavam: preferi calar.
Tinha um drama completo em mãos mas não fiz nada quanto a isso. Alias, não fiz nada quanto a isso e nem quanto a nada. Estava parada, estática, só a observar. Decidi que assim era melhor, melhor pra todos. Melhor pra ninguém também, só mais fácil. Aprendi muito mais assim, observando. Tentei ajudar muito, tinha o conselho perfeito em mãos. Mas depois de um tempo também guardei-o só para mim, era mais fácil assim. Deixei de cuidar dos outros, deixei de me importar com os outros. Decidi que estava na hora de por um fim nisso. Deixei que os outros cuidassem de mim, deixei que os outros se importassem comigo. Decidi que as borboletas são mais bonitas que as pessoas, decidi que não queria mais saber de amor também. Queria só olhar os outros amando, isso não era pra mim. Amor, sabe? Não é pra mim.
Passei só a observar, só observar.
É mais fácil assim.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quando ela percebeu que fez, enfim, a coisa certa a se fazer.
Ela meio que encontrou a tal da paz e percebeu que alguém nesse mundo precisa dela.
Percebeu que ela faz alguém feliz.
Foi exatamente quando ela parou de procurar o happy end das suas historias sem fim.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tenho vontade de te incluir em todos os meus assuntos.
Te incluir no meu mundo.
Mas você é tão alheio.
Você ama uma, promete seu coração a outra e se compromete com uma terceira.
Tão descompromissado que eu prefiro guardar isso tudo pra mim, por puro medo.
Eu queria muito negar, mas é: eu sinto sua falta.

domingo, 15 de maio de 2011

Falado desse jeito, você me faz parecer mais como um momento.
Daqueles que você, ao passar por eles, suspira no fim.
Mais como um alivio do que qualquer outra coisa.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Morri por dentro, não sei bem como aconteceu, mas aconteceu.
A solidão não agrada ninguem, porque eu seria exceção?

terça-feira, 3 de maio de 2011

E por um segundo ter a oportunidade, oportunidade não, a permissão para olhar o fundo da alma de alguém.
Por um segundo poder aceitar toda responsabilidade nisso e olha lá, que responsabilidade!
Saber de tudo, entender tudo, sentir tudo.
E Perder tudo isso no próximo segundo por pura opção.